domingo, 15 de abril de 2007

Mais árvores, menos aquecimento global, certo? Não exatamente



Uma simulação de 150 anos do desmatamento em todo o mundo descobre que as florestas tropicais são escoadouros de carbono e que as florestas boreais contribuem para o aquecimento

Antes das lâmpadas fluorescentes e do etanol, a primeira opção contra o aquecimento global era plantar árvores. Afinal, as florestas refrescam a atmosfera absorvendo o dióxido de carbono do ar. No entanto, um novo estudo publicado pelos Proceedings of the National Academy of Sciences afirma que, em algumas partes do mundo, outros efeitos climáticos das florestas podem cancelar as vantagens decorrentes de sua capacidade de seqüestrar carbono.
Utilizando um modelo climático tridimensional, a equipe de pesquisa simulou um desmatamento global completo e estudou os efeitos da devastação em regiões de latitudes diferentes, como as zonas tropicais e boreais. Aparentemente, esses escoadouros naturais de carbono cumprem efetivamente o que se espera apenas nas regiões tropicais; em outras áreas, eles não têm nenhum impacto ou chegam mesmo a contribuir para o aquecimento do planeta. Na verdade, de acordo com esse modelo, até o ano 2100, se todas as florestas fossem cortadas e deixadas para apodrecer, a temperatura global anual diminuiria em mais de 0,5 ºF. “Não tenho certeza se esse pequeno resfriamento é necessariamente significante, mas acabar com todas essas floretas produziu pouquíssimas mudanças na temperatura”, diz o co-autor da pesquisa Ken Caldeira, ecologista da Carnegie Institution do Departamento de Ecologia Global de Washington em Stanford, na Califórnia. “O interessante é que o resultado global é produto de reações muito diferentes em diferentes latitudes”.
As árvores possuem três grandes funções no clima: elas absorvem o carbono que obtêm na atmosfera, causando resfriamento; suas folhas verdes escuras absorvem a luz do Sol, aquecendo a superfície da Terra; e elas absorvem a água do solo, que por sua vez evapora na atmosfera, criando nuvens baixas que refletem os raios quentes do Sol (um mecanismo conhecido como evapotranspiração, que também leva ao resfriamento). Esses três fatores – e o segundo vem sendo amplamente ignorado em modelos climáticos até agora, de acordo com Caldeira –, juntos produzem resultados muito diferentes nas principais latitudes estudadas: a zona equatorial tropical; as latitudes médias, que incluem a maior parte dos Estados Unidos; e as áreas boreais, que são subárticas e incluem uma boa porção do Canadá, Rússia e as extremidades mais ao norte dos Estados Unidos. Em todas as três regiões, as florestas cumprem sua tarefa de absorver o dióxido de carbono do ar, mas a absorção de luz e a evapotranspiração variam muito.
Nas zonas tropicais, as florestas têm um efeito geral significativo na diminuição da temperatura.
O solo é muito úmido e, assim, por meio da evapotranspiração, as árvores ficam cobertas por nuvens baixas que criam um pequeno albedo (intensidade de luz refletida por uma superfície). Em áreas não-tropicais, Caldeira explica, “o fator mais significativo é se há neve no solo durante o inverno”. Se uma floresta cobre uma extensão cheia de neve, exerce uma forte influência no aquecimento por causa da pouca cobertura de nuvens, resultante de uma eficiência menor na evaporação da água.
A formação deficiente de nuvens, aliada à intensa absorção de luz pelas árvores “supera em muito efeito de resfriamento decorrente do armazenamento de carbono”, ele diz.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Enzimas de restrição


Este tipo de enzima é a responsável pela defesa de uma bactéria, assim como os anticorpos são pelas células humanas. Quando, por exemplo, um bacteriófogo (vírus) ataca uma bactéria, ele lança na mesma seu DNA. As enzimas de restrição atuam neste momento. Estas, que são altamente específicas, reconhecem e clivam ("quebram") o DNA do bacterófago em pontos peculiares.

A figura acima mostra a atuação da ECOR1, que protege a E. coli do ataque de bacteriófagos.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Gene ativa a autocura do fígado


(Controle de lesões: células do fígado especializadas em reparos obtêm informações de um gene normalmente associado ao suicídio celular no sistema nervoso)
A descoberta traz novas esperanças para o tratamento de diversas doenças hepáticas, como cirrose e hepatite. O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, concluiu que camundongos que não tinham o gene apresentaram uma deterioração marcante em seus fígados e viveram menos que os camundongos normais.Segundo os pesquisadores, os danos ao fígado ativam um grupo de células especializadas em reparar essas lesões chamadas células hepáticas estelares (HSC, na sigla em inglês para hepatic stellate cells). São elas que produzem as fibras de colágeno que sustentam o crescimento de novas células. “Queremos ativar essas células. Mas não durante muito tempo”, diz a neurobióloga Katerina Akassoglou, líder da pesquisa realizada na Universidade da Califórnia. Isso por que as fibras de colágeno começam a substituir as células sadias do fígado, o que, por exemplo, poderia até provocar a falência do órgão em casos de pessoas com cirrose.Até agora, porém, os pesquisadores não sabem quais genes controlam esse processo. Mas Akassoglou e seus colegas acreditam ter encontrado um bom “candidato” no gene para o receptor da neurotrofina p75 (p75NTR), um regulador da morte celular existente no cérebro que também é ativado logo após as lesões ocorridas no fígado. Usando camundongos com propensão a doenças hepáticas, a equipe de Akassoglou criou uma linhagem de roedores sem o gene p75NTR. Após dez semanas de estudo, verificou-se que o fígado desses roedores foi coberto por lesões – e só a metade dos animais conseguiu viver além desse período. Enquanto isso, os roedores normais (que tinham o gene) viveram mais de seis meses.A proteína p75NTR localiza-se na superfície das células hepáticas estelares.
E o grupo de pesquisadores acredita que, ao ser estimulada por algum agente ainda desconhecido após algum dano ocorrer no fígado, a p75NTR desencadeia uma série de sinais no interior das células que as leva a iniciar o processo de cicatrização.
Os resultados foram publicados na revista Science no final de março. Segundo Akassoglou, agora o próximo passo é determinar o papel que o p75NTR desempenha nos estágios posteriores das doenças hepáticas para ver se sua interrupção irá parar a produção prejudicial de colágeno. “Se você sabe qual é o gene e como as células fazem para voltar ao normal, então podemos começar a interferir nesse processo”, diz.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Amazônia


A Amazônia (ou Amazónia) é uma região na América do Sul, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical (que também é chamada Floresta Equatorial da Amazônia ou Hiléia Amazônica). Possui o maior rio do mundo, o rio Amazonas e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada Amazônia Legal. É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo o maior bioma terrestre do país, onde é constituída pelos ecossistemas:

* floresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica)
* floresta ombrófila aberta
* floresta estacional decidual e semidecidual
* campinarana
* formações pioneiras
* refúgios montanos
* savanas amazônicas
* matas de terra firme
* matas de várzea
* matas de igapós

Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal.

O grande problema da Amazônia é que os recursos naturais da maior floresta tropical do mundo estão sendo destruídos desnecessariamente. O ciclo de exploração da floresta é geralmente o mesmo. Ele começa com a apropriação indevida de terras públicas devolutas. Quem chega primeiro são os madeireiros irregulares. Eles entram nas terras de propriedade pública, abrem estradas clandestinas e retiram as árvores de valor comercial. Um levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente indica que 80% da madeira que sai da região é proveniente de exploração criminosa de terras públicas. Uma madeireira dessas explora a mesma área por alguns anos. Quando a madeira se esgota, ela segue adiante, invadindo outra área pública.

domingo, 8 de abril de 2007

O cerrado e a cana: convivência possível?


A demanda crescente por biocombustíveis como alternativa aos combustíveis fósseis, responsáveis por grande parte das emissões de gases do efeito estufa, pressupõe a expansão do cultivo de cana-de-açúcar para produção de etanol.
Expansão do cultivo da cana para produção de etanol pode por em risco áreas de alto valor biológico

O cerrado deve ser o bioma mais impactado pela esperada expansão do cultivo da cana-de-açúcar para produção de etanol. Da extensão total de aproximadamente 2 milhões de quilômetros quadrados ocupada por essa formação vegetal, 19,7% são considerados áreas de extrema importância biológica. E mais da metade (70%) dessas regiões corresponde exatamente aos locais onde a cana encontra condições ideais de cultivo. Os dados são de um estudo feito por mais de 200 pesquisadores de diferentes universidades brasileiras, por encomenda do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e foram divulgados no seminário ‘A expansão da agroenergia e seu impacto sobre os ecossistemas brasileiros’, realizado nos dias 26 e 27 de março no Rio de Janeiro.

A pesquisa, apresentada pelo biólogo Ricardo Machado, diretor do Programa do Cerrado da organização não-governamental Conservação Internacional (CI) – procurada pelo MMA para dar apoio técnico e treinamento aos participantes do estudo –, identificou áreas prioritárias para conservação e áreas de extrema importância biológica na floresta amazônica, no pantanal e no cerrado. O critério usado foi a ocorrência de espécies ameaçadas, de endemismo (espécies que só ocorrem naquele local), de remanescentes de vegetação nativa e de componentes hidrológicos importantes, como nascentes. “Áreas com essas características que ainda não são protegidas por unidades de conservação deveriam receber atenção especial”, explica Machado.

A inserção desses critérios em um programa computacional específico gerou mapas que revelam as áreas prioritárias para conservação. Das 294 regiões identificadas no cerrado, 166 são consideradas de extrema importância biológica. Outro mapa, que mostra as melhores áreas para o cultivo da cana, também foi produzido. “Nesse caso, utilizamos como critério os níveis de precipitação – que precisavam ser maiores do que 1200 milímetros por ano –, a existência de estação seca demarcada, temperaturas mínimas maiores que 18 °C e máximas menores que 45 °C”, enumera o biólogo. Todas essas condições favorecem a produtividade da cana. Segundo Machado, o mapa do estudo do MMA ficou bem parecido com o apresentado por Luiz Cortez, engenheiro agrícola da Universidade Estadual de Campinas, que divulgou estudo no qual foram identificadas as áreas prioritárias para o cultivo da cana levando em conta, além desses fatores, aspectos como qualidade dos solos e declividade do terreno.

O cruzamento do mapa de áreas prioritárias para conservação com o de áreas ideais para cultivo da cana evidenciou o risco que a expansão do agronegócio representa para o cerrado, caso medidas reguladoras não sejam tomadas. As regiões mais afetadas seriam: o Triângulo Mineiro, todo o estado de Goiás, o entorno do Pantanal, no Mato Grosso do Sul, as cabeceiras dos rios Xingu e Araguaia, na porção oeste do Mato Grosso, o sul do Piauí e do Maranhão e o norte de Tocantins.
Efeitos indiretos do plantio da cana

O aumento da produção de cana de forma impensada provocaria também efeitos indiretos sobre a biodiversidade: empurraria as plantações de soja e a pecuária para áreas florestadas (inclusive na Amazônia) e provocaria o surgimento de cidades desordenadas. P ara Machado, algumas medidas poderiam impedir os prejuízos da expansão da cana. Entre elas, estão: a realização – e o cumprimento – do zoneamento econômico-ecológico (instrumento que determina os locais permitidos para cada tipo de empreendimento, desde a ocupação urbana e a instalação de indústrias até o estabelecimento de áreas de preservação), a criação de selos que garantam que a cana e seus derivados, como o etanol, foram produzidos seguindo critérios de responsabilidade social e ambiental e a valorização das terras florestadas. Ele ressalta: “A preservação não pode ficar com o refugo das áreas usadas para a produção”. E acrescenta que é preciso o comprometimento de governos, da sociedade civil e do setor privado para garantir a sobrevivência do cerrado e das florestas.

O biólogo acredita que a principal atitude a ser tomada no momento é reunir os envolvidos para tentar encontrar soluções que satisfaçam a todos. Segundo ele, há abertura suficiente no setor privado para ouvir as demandas conservacionistas. “Hoje, quem quiser entrar ou continuar no mercado, deverá adotar práticas social e ambientalmente responsáveis. No mercado externo, por exemplo, essa condição está se tornando imprescindível”, finaliza.
Postagem referente ao dia anterior (sábado, 7 de Abril)

Superfície de Marte pode provocar aquecimento global

Diminuição de brilho: Mudanças no albedo (grau de refletividade) da superfície marciana podem ter mudado o clima do planeta, de acordo com simulações por computador.
Um escurecimento da superfície de Marte pode ter causado um gradual aquecimento nos últimos 20 anos. Com base num modelo do clima do planeta, pesquisadores relataram que o brilho ou escuridão de seu terreno influenciam fortemente sua temperatura atmosférica. Eles concluíram que o calor absorvido por rochas escuras aumenta a velocidade dos ventos, que por sua vez removem a areia e poeira, que são claras. Com isso, o terreno fica ainda mais escuro e o processo é realimentado. Mas o aquecimento previsto teoricamente é difícil de confirmar, dizem os pesquisadores. Ele está sujeito a mudanças que dependem do movimento da areia.Fotografias obtidas nas últimas três décadas mostram que vastas regiões de Marte se tornaram mais claras ou mais escuras em 10% ou mais.

No total, isso fez com que o planeta refletisse cerca de 20% da luz solar. Para determinar se mudanças no albedo (a porcentagem da luz solar refletida pelo planeta) afetam o clima, fotos obtidas pelas naves Viking, tiradas entre 1976 e 1978, foram comparadas com imagens da Mars Global Surveyor obtidas em 1999 e 2000. Dados sobre o albedo marciano foram incorporados a um modelo computadorizado do clima do planeta, que simulava mudanças na temperatura e na direção dos ventos ao longo de um ano. No modelo, as áreas que se tornaram mais escuras aqueceram o ar sobre elas, levando à formação de pequenos redemoinhos que varriam partículas escuras do solo, segundo Lori Fenton, membro do grupo que realizou a simulação, no Centro Carl Sagan, Califórnia.

As regiões menos reflexivas também apresentaram ventos mais fortes, pois o ar quente se dirige às regiões mais frias, causando turbulência. A diferença de albedo entre os dois períodos gerou um aquecimanto de 0,65ºC, de acordo com Fenton e colaboradores, que publicaram seus resultados nesta semana na revista Nature. Uma lenta elevação da temperatura no pólo sul marciano durante os verões pode ser a causa da diminuição de tamanho da calota polar nos últimos 4 anos, observam os cientistas. O processo de aquecimento, diz Fenton, estaria na verdade diminuindo, pois as maiores tempestades de poeira, que varreram todo o planeta, aconteceram nos anos 70.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Equipe cria sangue "universal" para transfusão



Substâncias produzidas por bactérias podem transformar tipos A, B e AB em O. Técnica pode reduzir fortemente os problemas com falta de sangue para transfusões.



Um grupo internacional de pesquisadores desenvolveu um meio de converter sangue dos tipos A, B e AB no tipo O, o chamado "doador universal". A técnica, divulgada on-line neste domingo no periódico científico "Nature Biotechnology", pode solucionar muitos dos problemas hoje existentes com a falta de certos tipos de sangue para transfusões.

O sangue é composto por glóbulos brancos e glóbulos vermelhos. Na superfície desses últimos existem certas substâncias, chamadas antígenos, que determinam o tipo sangüíneo -- se houver um certo tipo, ele é A; se houver outro tipo, é B; se tiver os dois, é AB; e se não tiver nenhum, é O.

O problema é que todo mundo que tem sangue A tem anticorpos à substância presente nos glóbulos vermelhos do sangue B, e vice-versa. Quem tem sangue O possui essa resposta imune tanto ao A como ao B. Só quem tem AB pode receber qualquer tipo de sangue numa transfusão sem se preocupar.

Mas agora, o grupo liderado por Henrik Clausen, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, promete mudar as regras do jogo: eles desenvolveram uma forma de "retirar" as substâncias que definem os glóbulos vermelhos como A, B ou AB, sem danificar as células. Na prática, eles se tornam tão inócuos quanto os glóbulos vermelhos O.

O segredo foi manipular certos genes de bactérias de modo a obter substâncias que fazem esse serviço de "limpeza". Antes, pesquisadores já haviam conseguido fazer isso com o sangue do tipo B, mas Clausen e seus colegas encontraram a solução definitiva, que tira os antígenos A, B e AB.


Leia mais em http://g1.globo.com

domingo, 1 de abril de 2007

Arqueas


Os microorganismos são divididos em três domínios: o das bactérias, o das árqueas e o das eucáreas. Estas deram origem a todos os seres superiores. Nessa árvore, hoje bem conhecida não só através de fósseis, mas também pelos estudos de biologia molecular, ficou demonstrado que a bactéria termótega que se situa bem no início da árvore, recebeu 25% dos genes das árqueas por transferência horizontal, ou seja, pela passagem de genes de uma espécie para outra sem haver multiplicação de indivíduos, ao contrário do que acontece com a transferência vertical que se dá pela divisão celular, uma vez que a bactéria-mãe passa seus genes para as bactérias-filhas.
A transferência horizontal de genes é fundamental não só na evolução dos microorganismos em geral, mas também para a evolução das bactérias patogênicas. Nelas, grande parte dos genes que codificam para fatores de virulência surge por transferência horizontal.
Os plasmídeos, por exemplo, fragmentos de DNA localizados no citoplasma, que carregam genes de virulência, de toxinas e de adesinas, podem passar de uma bactéria para outra por conjugação, o mesmo ocorrendo com os bacteriófagos. Mais recentemente, foram descobertas as ilhas de patogenicidade, cassetes de genes de virulência que passam de uma bactéria para outra conferindo-lhes a capacidade de causar doenças.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Bacia do Rio São Francisco


O Rio São Francisco é o principal curso d'água da Bacia, com cerca de 2.700 km de extensão e 168 afluentes, sendo apelidado de “Velho Chico”e também de “Nilo brasileiro”(pelo motivo o qual não seca mesmo em meio ao sertão.

A Bacia do Rio São Francisco é utilizada para navegação, irrigação e produção de energia.

Os principais biomas da região são a Caatinga no nordeste da Bahia, o Cerrado entre Minas Gerais e o sudoeste baiano, e a Mata Atlântica, onde se encontram as nascentes do São Francisco na Serra da Canastra. O mesmo deságua no oceano Atlântico.

Em virtude da forte ocupação da bacia, estes biomas apresentam-se ameaçados. O principal adensamento populacional da bacia do São Francisco corresponde à Região Metropolitana de Belo Horizonte, na região do Alto São Francisco.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Camundongo transgênico vê mais cores


Mutação em gene faz camundongo enxergar tons em vermelho e pode explicar como surgiu a visão humana.


Camundongos transgênicos, com uma mutação nos genes relacionados à percepção das cores, foram capazes de enxergar mais cores do que normalmente conseguem com sua visão dicromática, que lhes permite visualizar apenas os tons em azul e amarelo, além do cinza. A equipe de Gerald Jacobs, da Universidade da Califórnia (EUA), introduziu uma mutação no cromossomo X dos roedores que os levou a produzir um terceiro fotopigmento, sensível aos comprimentos de onda mais longos da luz, em especial os tons mais próximos do vermelho. Os autores desenvolveram então uma série de testes em que as cobaias eram premiadas com uma gota de leite de soja ao distinguir entre painéis e luzes de diferentes cores. Os testes mostraram que o sistema nervoso das cobaias havia “reconhecido” os sinais enviados por esse novo fotopigmento e era capaz de distinguir todas as cores do espectro. Diferentemente do homem, que enxerga todos os tons do espectro visível, a maioria dos mamíferos só é capaz de distinguir certas cores. Os camundongos têm o que se conhece como visão bicromática (é como se só enxergassem tons de azul, amarelo e cinza), enquanto a maioria dos primatas tem visão tricromática. Esta última precisa de três tipos diferentes de moléculas sensíveis à luz – os fotopigmentos – e dos respectivos circuitos neurais necessários para interpretar esses sinais. O experimento de Jacobs mostra como podem ter ocorrido as mutações genéticas que permitiram aos ancestrais do homem distinguir todas as cores.
Agradecimentos: http://www.biolmol.net

terça-feira, 27 de março de 2007




Após o agravamento da crise do abastecimento hídrico do Nordeste no ano de 1999, a transposição do rio São Francisco passou a ser vista como a única alternativa de solução do problema. Atualmente, existem dois cenários bem definidos com relação ao tema. O primeiro é o cenário do imediatismo, caracterizado pela ânsia de fazer chegar água, a todo custo, nas torneiras da população (pensamento muito comum na classe política), sem haver, no entanto, a preocupação com as conseqüências impostas ao ambiente ao se adotar essa alternativa e o segundo é o cenário da ponderação, caracterizado por preocupações constantes (principalmente na classe técnica) com relação às limitações das fontes hídricas na condução do processo transpositório. O primeiro cenário diz respeito às questões do Brasil virtual e, o segundo, às questões do Brasil real.
O presente documento trata de uma coletânea, em ordem cronológica, dos textos sobre a Transposição do Rio São Francisco elaborados pelo pesquisador João Suassuna na última década, representando a sua contribuição à hidrologia nordestina, com a discussão do assunto através da fundamentação em fatos concretos, com alternativas e soluções em torno de questões que ainda se arrastam no esquecimento e, quiçá, na ignorância do povo, tudo no contexto do Brasil real.
Existindo o alerta às limitações do rio São Francisco para o atendimento à navegação, geração de energia, irrigação e abastecimento das populações sedentas do Nordeste, torna-se evidente a necessidade da realização de um planejamento hidráulico em sua bacia hidrográfica, de forma a possibilitar as subtrações volumétricas pretendidas.
Finalmente, com a divulgação desse trabalho, a Fundação Joaquim Nabuco não poderá vir a ser acusada, no futuro, de ser omissa perante os problemas que por ventura venham a existir com a transposição do São Francisco nos moldes atualmente previstos. Esse assunto é considerado por todos como de extrema importância para os desígnios da região.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Combustivel Alternativo



O Biodiesel refere-se a um combustível alternativo ao diesel, renovável e biodegradável, obtido unicamente a partir da reação química de óleos ou gorduras, de origem animal ou vegetal, com um alcool na presença de um catalisador. Esta reação química recebe o nome de transesterificação.

Entende-se que um combustível biológico integral, seja um combustível renovável de origem animal ou vegetal, que pode ser usado em substituição nos mesmos maquinismos que consomem o óleo diesel destilado do petróleo ou, afim de garantir a exploração integral da prospecção petrolífera sob a crosta terrestre adicionado ao esgotável, sendo que nesse caso refere-se ao nome de um incentivo e não ao combustível.

O biodiesel pode ser usado misturado ao óleo diesel proveniente do petróleo em qualquer concentração, sem necessidade de alteração nos motores Diesel já em funcionamento, porém em alguns motores antigos no Brasil necessitam de alterações.

A concentração de biodiesel é informada através de nomenclatura específica, definida como BX, onde X refere-se à percentagem em volume do biodiesel. Assim, B5, B20 e B100 referem-se, respectivamente, a combustíveis com uma concentração de 5%, 20% e 100% de biodiesel (puro).

O consumo deste no lugar do óleo diesel baseado no petróleo pode claramente diminuir a dependência ao petróleo (a chamada "petrodependência"), contribuir para a redução da poluição atmosférica, já que contém menores teores de enxofre e outros poluentes, além de gerar alternativas de empregos em áreas geográficas menos propícias para outras atividades econômicas e, desta forma, promover a inclusão social.

Pantanal


O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e está localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Sua área é de 138.183 km², com 65% de seu território no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso. A região é uma planície aluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, onde se desenvolve uma fauna e flora de rara beleza e abundância, influenciada por quatro grandes biomas: Amazônia, Cerrado, Chaco e Mata Atlântica. Pelas suas características e importância esta área foi reconhecida pela UNESCO, no ano 2000, como Reserva da Biosfera, por ser uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais da Terra.A palavra pântano significa "terra encharcada,muito úmida".É sinônimo de charco ou paul.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Bacia Amazônica


É legal falarmos do assunto começando a explicar o que é uma bacia. Bacia é um conjunto de rios de uma rede de drenagem. Simplificando: bacia é um conjunto de rios que “banham” determinada região.

A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do Brasil e do mundo, com o maior rio do mundo, com o maior volume de água em sua foz, que se localiza na cordilheira dos Andes, Peru, onde é caracterizado pelo regime nival, isto é, o rio é abstecido por “neve derretida”. No Brasil, esta bacia faz uso do regime pluvial (abastecido por chuvas). Sua rede de drenagem drena aproximadamente 50% do país e abriga 70% das águas superficiais do país. Possui rios de planalto com predomínio de rios de planice, importantes para a navegação.

A bacia Amazônica desempenha importante papel na economia transporte regional pelo fato de que tem predomínio de rios de planice, caracterizado por ter águas “calmas”. Apesar de seu volume de água, apenas 7% da população brasileira vive na região.

quinta-feira, 22 de março de 2007



Chamamos de vulcanismo os fatos e fenômenos geográficos relacionados com as atividades vulcânicas, através dos quais o magma do interior da terra chega à superfície. Nos pontos de contato entre diferentes placas, onde a crosta terrestre é menos estável, ocorrem erupções vulcânicas. As erupções vulcânicas formam o edifício vulcânico, que é uma montanha onde se distinguem a cratera e a chaminé vulcânica. A cratera é a boca do edifício formada pela explosão.


Pela chaminé vulcânica, o magma (sob a forma de lava vulcânica), gases, cinzas, e lapilli, procedentes do interior da terra, atingem a superfície. Portanto, o topo da chaminé nada mais é do que a cratera vulcânica, como pode se ver na figura (anexos). É preciso lembrar que as erupções vulcânicas não ocorrem só na terra. Ocorrem também nos oceanos. São as chamadas erupções submarinas. A pouca profundidade, elas são explosivas. Nesse caso, cinzas e fragmentos de lava atingem grande altitude e se tornam visíveis acima do nível do mar.


As maiores profundidades, a pressão da água oceânica não permite erupções explosivas. Nos dois casos, a água faz as lavas esfriarem rapidamente. Nas áreas onde ocorreram erupções vulcânicas, formam-se planaltos basálticos. É por isso que geralmente essas áreas são densamente povoadas. Os solos que resultam da decomposição das rochas vulcânicas são muito férteis. O que sempre atraiu o ser humano em sua luta pela sobrevivência.


quarta-feira, 21 de março de 2007

Ursinho polar órfão não será sacrificado


O filhote de urso polar que há quatro meses caiu nas graças do povo alemão não será sacrificado como queriam alguns ativistas de direitos animais, garantiram os veterinários do Jardim Zoológico de Berlim.
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Batizado de Knut, a bolinha de pêlos brancos que ganhou espaço nos jornais e televisões de todo mundo, foi rejeitado por sua mãe logo depois de nascer e passou a ser criado por humanos. Isso levou muitos especialistas a pedir eutanásia para um animal que, segundo eles, está se acostumando demais com a convivência com os seres humanos.
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O ursinho virou celebridade depois de quase ter morrido quando sua mãe, uma ex-ursa circense em cativeiro no zoológico de Berlim, se recusou a alimentá-lo sem qualquer razão aparente.
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Seu irmão gêmeo, também rejeitado, não sobreviveu. Desde então, o tratador de animais Thomas Dörflein tem cuidado do bichinho.
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O caso despertou o interesse da mídia, que tem acompanhado a recuperação do Knut. Um canal da tv alemã, inclusive, vem seguindo os passos do animal desde dezembro passado. Knut já tem um blog na internet e vai ganhar um programa de tv a partir de sábado.
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A polêmica gerada em torno do futuro do animal se deu com a publicação de opiniões de especialistas e ativistas que acreditam que Knut deve ser sacrificado. "O zoológico deve matar este urso", afirmou Frank Albrecht, ativista alemão de defesa de animais. Segundo ele, Knut sofrerá de "problemas de comportamento durante toda a sua vida".
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Para Albrecht, "o contato com as mãos humanas não é bom para o urso e representa uma grave infração à lei do mundo animal". O principal argumento das associações de defesa dos animais é que Knut, nascido em dezembro passado, está cada dia mais próximo dos seres humanos, dessa forma ele não conseguirá se desapegar de seus tratadores quando for grande e perigoso e, com isso, jamais se entrosará com outros ursos. Mas outros especialistas não demoraram a reagir. André Schüle, veterinário responsável pelo zoológico de Berlim, protestou: "Estas meias-verdades reunidas me deixam furioso!".
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No verão passado, um outro urso esteve sob os holofotes da mídia durante muitas semanas porque ele vagava entre a Baviera (sul da Alemanha) e a Áustria. Chamado de Bruno pela imprensa, ele foi morto depois de três semanas de buscas, quando as autoridades concluíram que ele representava um perigo à população.

Ate Mais Galera !
Saiba Mais Em: http://g1.globo.com/

terça-feira, 20 de março de 2007

Barragem


Uma barragem, açude ou represa, é uma barreira artificial, feita em cursos de água para a retenção de grandes quantidades de água. A sua utilização é sobretudo para abastecer de água zonas residenciais, agrícolas, industriais, produção de energia eléctrica (energia hidráulica), ou regularização de um caudal.

História:

As barragens foram, desde o início da história da Humanidade, fundamentais ao desenvolvimento. A sua construção devia-se sobretudo à escassez de água no período seco e à consequente necessidade de armazenamento de água, feito em barragens executadas de forma mais ou menos empírica.

A nível mundial, algumas das barragens mais antigas de que há conhecimento situavam-se, por exemplo, no Egipto, Médio Oriente e Índia. Na Índia que apareceram barragens de aterro de perfil homogéneo com descarregadores de cheias para evitar acidentes provocados pelo galgamento das barragens. Com a Revolução Industrial, houve a necessidade de construir um crescente número de barragens, o que permitiu o progressivo aperfeiçoamento das técnicas de projecto e construção. Apareceram então as primeiras barragens de aterro modernas, assim como as barragens de betão.

Tipos de barragem:

As barragens são feitas de forma a acumularem o máximo de água possível, tanto através da chuva como tambám pela captação da água caudal do rio existente. Faz-se a barragem unindo as duas margens aprisionando a água na albufeira. As barragens são muito importantes para o mundo moderno, pois são elas que permitem que haja água potável canalizada nas grande metrópoles mundiais. Contudo, toda a zona onde a barragem e a sua albufeira se encontram e também a área circundante, nomeadamente a jusante, por onde o rio passava, é afectada. É por esse facto que antes de se construir uma barragem é necessário fazer estudos de impacto ambiental. Dessa forma, a barragem deixa passar um caudal ecológico que tem como função preservar os ecossistemas já existentes no rio e respectivas margens.

A construção de uma barragem tem sempre de passar por quatro etapas fundamentais: o projecto, a construção, a exploração e a observação. No projecto é determinado, após estudos no local e estudos relativos à rentabilidade da barragem, o tipo de barragem a construir. Desta forma, podemos dividi-las em dois grupos essenciais relativamente ao material de que são constituídas:

• Barragem de aterro

• Barragem de betão

domingo, 18 de março de 2007

Água


A água é uma substância líquida que parece incolor a olho nu em pequenas quantidades, inodora e insípida, essencial a todas as formas de vida, composta por hidrogénio e oxigénio.

É uma substância abundante na Terra, cobrindo cerca de três quartos da superfície do planeta, encontrando-se principalmente nos oceanos e calota polares, mas também noutros locais em forma de nuvens, água de chuva, rios, aquíferos ou gelo. A fórmula química da água é H2O.

A água possui muitas propriedades incomuns que são críticas para a vida: é um bom solvente e possui alta tensão superficial .

Como uma molécula polar estável na atmosfera, desempenha um papel importante como absorvente da radiação infravermelha, crucial no efeito estufa da atmosfera. A água também possui um calor específico peculiarmente alto , que desempenha um grande papel na regulação do clima global.

A água dissolve vários tipos de substâncias polares e iónicas, como vários sais e açúcar, e facilita sua interação química, que ajuda metabolismos complexos.

Apesar disso, algumas substâncias não se misturam bem com a água, incluindo óleos e outras substâncias hidrofóbicas. Membranas celulares, compostas de lipídios e proteínas, levam vantagem destas propriedades para controlar as interações entre os seus conteúdos e químicos externos. Isto é facilitado pela tensão da superfície da mesma.

sábado, 17 de março de 2007

Bacia Araguaia – Tocantins


Esta bacia drena aproximadamente 9,5% do território nacional. Seus principais rios nascem no estado de Goiás e no Bico do papagaio (TO), onde o Tocantins recebe seu principal afluente, o rio Araguaia. Em terras paraenses, o Tocantins deságua no Golfão Amazônico, onde se localiza a ilha de Marajó. Por apresentar longos trechos navegáveis, essa bacia é utilizada para escoar parte da produção de grãos (destaque para a soja) das regiões que banha. A usina hidrelétrica de Tucuruí, a segunda maior do país, foi construída no rio Tocantins e atende às necessidades de consumo de energia do Projeto Carajás, no Pará.
A bacia Araguaia – Tocantins drena 767.000 km², dos quais 343.000 km² correspondem à bacia do rio Tocantins, 382.000 km² ao Araguaia (seu principal afluente) e 42.000 km² ao Itacaiunas (o maior contribuinte do curso inferior). Limitado pelas bacias do Paraná – Paraguai (Sul), do Xingu (Oeste), do São Francisco (Leste) e Parnaíba (Nordeste), o rio Tocantins, o tributário mais a sudeste da Bacia Amazônica, integra a paisagem do Planalto Central, composta por cerrados que recobrem 76% da bacia. O curso inferior do rio Tocantins e o rio Itacaiunas são cobertos por floresta amazônica. Entre estas duas grandes regiões, a bacia cruza uma zona de transição, com ambientes pré-amazônicos.
Os rios Tocantins e Araguaia são bastante diferentes. O rio Tocantins é do tipo canalizado, com estrita planície de inundação. Nasce no escudo brasileiro e flui em direção Norte por cerca de 2.500 km até desaguar no estuário do Amazonas (Baía de Marajó), nas proximidades de Belém. Os principais formadores do rio Tocantins são os rios Paranã e Maranhão. Este último nasce na Reserva Biológica de Águas Emendadas, no Distrito Federal, onde as bacias amazônica, do Paraná e do São Francisco permanecem em comunicação. Corredeiras e cachoeiras são os hábitats mais comuns ao longo de seu curso: dominam a paisagem do curso superior, encontram-se espalhadas no curso médio e formavam um importante hábitat reprodutivo no curso inferior, hoje submerso pela represa de Tucurui. As lagoas marginais são raras no rio Tocantins, mas integram importantes planícies de inundação no seu curso superior, na confluência com o Araguaia e logo abaixo na represa de Tucurui.
O rio Araguaia nasce nos contrafortes da Serra dos Caiapós e flui quase paralelo ao Tocantins por cerca de 2.115 km. Apesar de ser um rio de planície, apresenta quatro trechos de cachoeiras e corredeiras. Nos trechos de planície, encontram-se a Ilha do Bananal (a maior ilha fluvial do mundo) e um número incontável de lagoas marginais. Durante a época de cheia, a enorme planície inundada integra as águas do rio Araguaia às de seus principais afluentes, Rio das Mortes e Cristalino, formando a paisagem mais notável da bacia.
O regime hidrológico da bacia é bastante definido. No rio Tocantins, a época de cheia estende-se de outubro a abril, com pico em fevereiro, no curso superior, e março, nos cursos médio e inferior. No Araguaia, as cheias são maiores e um mês atrasadas em decorrência do extravasamento da planície do Bananal. Ambos os rios secam entre maio e setembro, com picos de seca em setembro. Os rios da bacia correm sobre solos pobres em nutrientes e foram classificados como rios de águas claras.
Cerca de 300 espécies de peixes já foram identificadas na bacia. Algumas são típicas da Amazônia central, embora espécies dominantes naquela região, como o tambaqui, não ocorram. No curso superior ocorrem algumas espécies não amazônicas, das quais a tubarana (Salminus hilarii) é o exemplo mais conhecido. A bacia Araguaia – Tocantins também apresenta muitas espécies endêmicas, principalmente no curso superior. De modo geral, há uma diminuição da abundância e diversidade de peixes da foz em direção as cabeceiras, relacionadas principalmente à ausência de áreas de inundação.
O rio Araguaia, entre Aruanã e Luiz Alves, recebe anualmente cerca de 18.000 pescadores amadores. As principais espécies capturadas pela pesca amadora são pacu caranha, matrinxã, pirarucu, piaus, pacus, sardinha, corvina, traíra entre os peixes de escama; e, filhote, cachara, barbado, pirarara, jaú, mandubé, surubim chicote, bico de pato, mandi entre os peixes de couro. O rio Tocantins também já é um destino de pescadores amadores. O reservatório de Tucuruí, no baixo Tocantins, promove anualmente o Torneio de Pesca da Amazônia – TOPAM, e o recém formado reservatório de Serra da Mesa, no alto Tocantins, está atraindo grande número de pescadores amadores. Outros reservatórios estão previstos para a bacia, principalmente no rio Tocantins.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Cordilheira dos Andes




A Cordilheira dos Andes é uma vasta cadeia montanhosa formada por um sistema contínuo de destas ao longo da costa ocidental da América do Sul (que compreende desde a Venezuela até a Patagônia, caracterizando a paisagem do Chile, Argentina, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela).
A cadeia montanhosa possui aproximadamente 8.000 quilômetros de extensão e, em seus trechos mais largos, 160 quilômetros do extremo leste ao oeste. Sua altitude média gira em torno de quatro mil metros e seu ponto culminante é o pico do Aconcágua, com 6962 metros.
Nos territórios da Colômbia e da Venezuela a cordilheira se ramifica e se prolonga, por pouco não tocando o Mar do Caribe. Em sua parte meridional, este serve de longa fronteira natural entre Argentina e Chile. Na zona central, os Andes se alargam, dando origem a um planalto elevado conhecido como Altiplano. O Altiplano é compartilhado pela Bolívia, Peru e Chile. A cordilheira volta a estreitar-se no norte do Peru e se alarga novamente na Colômbia para estreitar-se e dividir-se ao entrar na Venezuela.
Devido à extensão no sentido dos meridianos, os Andes incluem zonas climáticas distintas. O clima da (clima tropical) zona tem variação constante, assim como a sua vegetação. O clima frio com freqüentes nevascas em altitude é predominante.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Mata ciliar


Mata ciliar ou Mata de galeria é a designação dada à vegetação que ocorre nas margens de rios e mananciais. O termo refere-se ao fato de que ela pode ser tomada como um espécie de "cílio", que protege os cursos de água do assoreamento.
A mata ciliar é encontrada ao longo do curso dos rios e tem uma fisiologia dos diversos biomas existentes mesmo não estando diretamente ligada a eles. As espécies arbóricas apresentam diferenciações sutis que só são percebidas por um bom especialista em Taxonomia. Essas formações arbóricas variam de acordo com a região onde se encontram e a vegetação que predomina no local. Podendo ser encontradas do norte ao sul do Brasil, apresentam uma notável biodiversidade arbórica. “... todas essas florestas associadas a curso d’água tem uma estrutura e funcionalidade ecossistemática, aparentemente similar. No entanto elas diferem fundamentalmente entre si, pela sua composição taxonômica, conforme o domínio a região e até a altitude em que são encontradas...".

quarta-feira, 14 de março de 2007

Clone de celulas tronco de pele


A clonagem de camundongos a partir de células-tronco de folículos capilares foi conseguida por um grupo de cientistas nos Estados Unidos. De acordo com os autores do estudo, as células, localizadas pouco abaixo da pele, representam uma fonte abundante e acessível de material para clonagem.

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A clonagem de animais tem sido conseguida por meio do uso dos núcleos de diversos tipos de células, embora em todos os casos a eficiência tenha sido muito baixa. Especula-se que as células-tronco, por serem inerentemente indiferenciadas, poderiam representar doadores eficientes para a replicação nuclear.

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Essa possibilidade foi examinada pelo grupo liderado por Peter Mombaerts, no Laboratório de Biologia do Desenvolvimento e Neurogenética do Instituto Médico Howard Hughes, em Nova York. Os cientistas avaliaram as taxas de sucesso da clonagem de células da pele, incluindo células-tronco do folículo capilar.

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Embora a eficiência na clonagem dos vários tipos de células se mantivesse nas taxas típicas observados em outros casos, os pesquisadores descobriram que o sucesso entre doadores masculinos foi maior. Entre os tipos de células, as células-tronco de folículo capilar se mostraram as de melhor sucesso, com eficiência de 5,4% dos casos entre camundongos machos.

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Os resultados da pesquisa serão publicados esta semana no site e em breve na versão impressa dos Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).

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Segundo os autores do estudo, além da eficiência as células-tronco têm duas outras vantagens: são relativamente fáceis de serem obtidas e são simples para injetar, uma vez que têm núcleos menores.

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“Os resultados destacam a pele como uma fonte de células-tronco facilmente acessível, cujo núcleo pode ser reprogramado para o estado pluripotente pela exposição ao citoplasma de oócitos não fertilizados”, concluíram. Ou seja, a pele representa uma boa alternativa para pesquisas futuras envolvendo clonagem de animais.


Agradecimentos a Biomol.net

segunda-feira, 12 de março de 2007

Coração: O Músculo que não descansa


O coração é um órgão muscular oco que bombeia o sangue de forma que circule no corpo. Ocorre a partir dos anelídeos, menos nos equinodermas.

A partir dos répteis crocodilianos surge o forâmen de Panizza, uma barreira fisíca ventricular que impossibilita a mistura de sangue venoso com o arterial, dividindo o coração em duas cavidades, direita e esquerda, cada qual com outras duas cavidades, átrio e ventrículo, separadas por válvulas, sendo tricúspide do lado direito e do lado esquerdo, bicúspide ou mitral. Por esse motivo esses animais possuem circulação dupla e completa.

Nos seres humanos o percurso do sangue bombeado pelo coração através de todo o organismo é feito em aproximadamente 45 segundos em repouso.

Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer todo o corpo nos sentidos de ida e volta, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas.

Nossa circulação é considerada Dupla, pois em um ciclo completo o sangue percorre duas vezes o coração, Fechada pois o sangue percorre todo o corpo do individuo no interior de vasos sanguineos e Completa, porque o sangue arterial (rico em oxigênio) não se mescla ao sangue venoso (rico em gás carbonico).

sábado, 10 de março de 2007

Bactérias


As bactérias são os seres vivos mais simples do ponto de vista estrutural, e de menor tamanho, podendo ser conhecidas também como micróbios. As bactérias são microorganismos unicelulares, procariontes, ealgumas causam doenças. São abundantes no ar, no solo e na água e na sua maioria inofensivas para o ser humano, sendo algumas até benéficas.
Por serem microrganismos procariontes, não apresentam um núcleo definido, estando o seu material genético compactado e enovelado numa região do citoplasma chamada de nucleóide. As bactérias apresentam uma membrana plasmática recoberta por uma parede celular. Diferente das células eucarióticas, nas bactérias não aparecem organelas delimitadas por membranas. O tamanho das bactérias pode variar de 0,2 a 5,0 micrômetros.
A membrana plasmática recobre o citoplasma da célula bacteriana e tem a mesma estrutura daquelas encontradas nos organismos eucariontes. Na membrana encontramos uma estrutura típica, uma invaginação da membrana plasmática, denominada de mesossomo. O mesossomo parece ter um papel importante durante a duplicação e divisão bacteriana.
As bactérias se reproduzem por divisão celular ou fissão binária. Durante este processo ocorre a duplicação do DNA seguido da divisão da célula bacteriana em duas células filhas. Esta divisão se dá devido a formação de um septo que começa a crescer para o interior da célula a partir da superfície da parede celular. As bactérias causadoras de doenças denominam-se patogênicas.
A parede celular das bactérias é uma estrutura rígida e é formada por um complexo mucopeptídico, que dá a forma à bactéria. A cápsula, presente principalmente em bactérias patogênicas é formada por polissacarídeos e tem uma consistência de um muco. Tal estrutura mucosa confere resistência às bactérias patogênicas contra o ataque e englobamento por leucócitos e outros fagócitos, protegendo-as de possíveis rupturas enzimáticas ou osmóticas.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Anomalias humanas referentes aos cromossomos sexuais


Cada animal possui um número de pares de cromossomos específico. Os seres humanos possuem em suas células diplóides (representadas por 2n), isto é; que têm o dobro do número de cromossomos típico dos gametas normais, 23 pares de cromossomos (46 ao total). Destes, são 22 pares responsáveis por definir características físicas e apenas 1 par pelo sexo (feminino ou masculino).

As nossas células haplóides (representadas por n) são unicamente os gametas (óvulos e espermatozóides). Este tipo de célula que dão origem posteriormente aos fetos quando "fundidas". Os óvulos são obrigatoriamente X, enquanto os espermatozóides, responsáveis pela definição do sexo, podem ser X (feminino) ou Y (masculino). Neste contexto, entram as anomalias.

Quando uma célula diplóide é indevidamente formada, esta dará origem a células haplóides “defeituosas”. Observe:

Células diplóides Células haplóides

2AXX ......................................AXX
.......................................A0

2AXY.
.....................................AX
.
.....................................AY

Algumas anomalias no sexo:

feminino:

Síndrome da Super Fêmea

características: é férfil e raramente apresenta anormalidades mentais.

Síndrome de Turner

características: pescoço alado, caracteres sexuais não definidos. São estéreis e possuem baixo Q.I..

masculino:

Síndrome do Y Duplo

características: estatura elevada, comportamento agressivo.

Síndrome de Klinefelter

características: caracteres sexuais secundários femininos. Apresenta ginecomastia (crescimento de seios) e é estéril.

quinta-feira, 8 de março de 2007



Maremoto
O maremoto é um fenômeno que se origina como efeito secundário de outro que ocorre nos oceanos, o terremoto. Quando o abalo sísmico têm como epicentro de atividade um oceano, ele dará origem ao Maremoto.
Isso está relacionado com o fato de que o volume das águas oceãnicas venham a ser agitadas com o movimento da placa tectônica da qual se componha o Oceano em questão. O volume das águas quando agitado acaba provocando ondas que se deslocam semelhantes às que seriam percebidas pelo deslocamento do ar para os tremores de terra em superfície, mas que são evidentemente muito menos sensíveis (em geral, quando o tremor é de pouca intensidade, algumas pessoas sentem um leve mau estar, quando maior não se consegue perceber pela instabilidade do solo). Na verdade, ele é o resultado direto da ação de uma massa sobre outra, ou seja, da massa física para com a líquida, melhor desenvolvida e mais ativa do que a relação sólido-gasosa (continentes-massa de ar).
Deste modo, ao se iniciar com os tremores da placa oceânica, o Maremoto irá desenvolver ondas que se dirigem para os litorais que ao serem atingidos o observam na forma de ondas elevadas.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Anticorpo Contra HIV


Um passo importante na busca por uma vacina contra o HIV acaba de ser dado. Um grupo de 16 cientistas de diversas instituições de pesquisa nos Estados Unidos conseguiu obter um retrato em nível atômico do momento exato em que um anticorpo capaz de neutralizar o HIV gruda e age em uma determinada parte do vírus.
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O registro é particularmente importante por colocar em destaque uma região frágil de um vírus conhecido por sua capacidade de defesa. Os resultados do estudo estão publicados na edição de 15 de fevereiro da Nature. Segundo a revista, a descoberta pode ser explorada no desenvolvimento de futuras vacinas contra o organismo causador da Aids em humanos.
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Além de ter uma membrana que protege seu material genético de ataques, o HIV está sempre um passo à frente do sistema imunológico humano pela capacidade de mudar de forma e de sofrer mutações. Mas algumas partes do vírus devem permanecer as mesmas, de modo que ele possa se agarrar e invadir células.
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Uma dessas regiões é o gp120, uma glicoproteína por meio da qual o HIV se liga a outra proteína, a CD4, localizada nas células hospedeiras. A união do gp120 com a CD4 forma o caminho da invasão e é justamente esse um dos alvos dos cientistas na busca por uma vacina.
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No novo estudo, o grupo liderado por Peter Kwong, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, um dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, produziu moléculas gp120 estáveis para serem reconhecidas pelos anticorpos.
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Em seguida, examinou detalhadamente a ligação de um anticorpo (o b12) à glicoproteína e verificou que a orientação e o local de contato eram semelhantes aos da CD4. Essencialmente, os cientistas descobriram que o ponto de contato inicial do CD4 é uma área frágil do gp120 e um ponto de reconhecimento para o b12.
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“Criar uma vacina contra o HIV é um dos maiores desafios científicos de nosso tempo. Esse estudo acaba de revelar um buraco na armadura do HIV e, por conseqüência, abriu uma nova avenida para que possamos vencer o desafio”, disse Elias Zerhouni, diretor do NIH, em comunicado da instituição.
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Em 1998, Kwong liderou o grupo que publicou a primeira imagem em raio X do momento em que o gp120 entra em contato com o CD4. A imagem tem sido muito usada desde então por pesquisadores por revelar áreas do vírus com potencial para se tornem alvos de drogas.
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Leia mais em biomol.net

segunda-feira, 5 de março de 2007

Rio São Francisco: Solução ou Problema?


A realidade hídrica, principalmente nos aspectos atinentes à oferta e uso das águas, é tema que, historicamente, tem marcado o debate sobre o Semi-árido.


Essas preocupações têm sido enfocadas nos estudos da Fundação Joaquim Nabuco nos últimos anos e os esforços de seus pesquisadores vêm-se concentrando na busca da compreensão da relação existente entre o solo, a água e as plantas e sua importância para a população.

Após o agravamento da crise do abastecimento hídrico do Nordeste no ano de 1999, a transposição do rio São Francisco passou a ser vista como a única alternativa de solução do problema. Atualmente, existem dois cenários bem definidos com relação ao tema.

O primeiro é o cenário do imediatismo, caracterizado pela ânsia de fazer chegar água, a todo custo, nas torneiras da população (pensamento muito comum na classe política), sem haver, no entanto, a preocupação com as conseqüências impostas ao ambiente ao se adotar essa alternativa e o segundo é o cenário da ponderação, caracterizado por preocupações constantes (principalmente na classe técnica) com relação às limitações das fontes hídricas na condução do processo transpositório

domingo, 4 de março de 2007

Poluição




A Poluição pode ser definida como a introdução no meio ambiente de qualquer matéria ou energia que venha a alterar as propriedades físicas ou químicas ou biológicas desse meio, afetando, ou podendo afetar, por isso, a "saúde" das espécies animais ou vegetais que dependem ou tenham contato com ele, ou que nele venham a provocar modificações físico-químicas nas espécies minerais presentes. Tomando como base a espécie humana, tal definição, aplicada às ações praticadas pela espécie humana, levaria à conclusão de que todos os atos oriundos desta espécie são atos poluidores; o simples ato de respirar, por exemplo. A fim de que se estabelecessem limites para considerar o que, dentro do razoável, fosse considerado como poluição, foram estabelecidos parâmetros e padrões. Os parâmetros para indicar o que está poluindo e os padrões para quantificar o máximo permitido em cada parâmetro.

A água é o constituinte mais característico da Terra. Ingrediente essencial da vida, a água é talvez o recurso mais precioso do noso planeta. Alguns historiadores já dizem que poderá haver uma Terceira Guerra Mundial, e o motivo: ÁGUA!!!
Ilustrando esta essencialidade da água: "Um certo indivíduo está em um deserto e necessita de água. Neste caso,a água é tão importante que este individuo deixa qualquer riqueza que possua e passa a querer a água antes de qualquer outra coisa". Este é chamado pelos economistas pelo nome de conceito marginal
Matematicamente falando, cerca de 2/3(1,35 milhões de quilômetros cúbicos ) da Terra é composto por água. Sendo 97,5% da água do planeta é salgada e está em oceanos e mares, 2,493% é doce mas se encontra em geleiras ou regiões subterranes(aquiferos), de deficil acesso. Apenas 0,007% da água doce é encontrada em rios, lagos e na atmosfera, de facil acesso para o consumo humano. E é ridiculo pensar no quanto do nosso bem desperdiçamos...

sábado, 3 de março de 2007

Mata Atlântica


A mata atlântica originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só comparável à Floresta Amazônica.

O grande destaque da mata original era o pau-brasil, que deu origem ao nome do nosso país. Alguns exemplares eram tão grossos que três homens não conseguiam abraçar seus troncos. O pau-brasil hoje é quase uma relíquia, existindo apenas alguns exemplares no Sul da Bahia.

Atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua extensão original. Em alguns lugares como no Rio Grande do Norte, nem vestígios. Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil.

Área total original: aproximadamente 1,3 milhão de km2.
Área total atual: aproximadamente 52.000 Km2.

A Mata Atlântica compreende a região costeira do Brasil. Seu clima é equatorial ao norte e quente temperado sempre úmida ao sul, tem temperaturas médias elevadas durante o ano todo e não apenas no verão. A alta pluviosidade nessa região deve-se à barreira que a serra constitui para os ventos que sopram do mar. Seu solo é pobre e a topografia é bastante acidentada. No inteiror da mata, devido a densidade da vegetação, a luz é reduzida.

Há uma importante cadeia de montanhas que acompanham a costa oriental brasileira, desde o nordeste do Rio Grande do Sul até o sul do estado da Bahia. Ao norte as maiores altitudes se encontram mais para o interior do país, mas, nas regiões do norte do estado de Alagoas, todo estado de Pernambuco e da Paraíba, e em pequena parte do Rio Grande do Norte temos altitudes de 500 a 800 metros que estão próximas ao mar. Em São Paulo é conhecida como Serra do Mar e em outros estados tem outros nomes. Sua altitude média fica ao redor dos 900 metros. Em certos trechos é bastante larga, mas em outros é muito estreita. Afasta-se do mar em alguns pontos, se aproximando dele em outros.
Calcula-se que na Mata Atlântica existam 10 mil espécies de plantas que contém uma infinidade de espécies de cores, formas e odores diferentes. Nela se encontra jabuticabas, cambuás, ingás, guabirobas e bacuparis. Plantas como orquídeas, bromélias, samambaias, palmeiras, pau-brasil, jacarandá-da-bahia, cabreúva, ipês, palmito.

quinta-feira, 1 de março de 2007


Montanha é um acidente geográfico. A uma sequência de montanhas chama-se cordilheira. Uma montanha tem imponência e altitude bastante superiores a uma colina, embora não exista uma altitude específica para essa diferenciação. Assim, cada autoridade no assunto assume valores convenientes, embora a montanha seja tipicamente escarpada, de grande inclinação e com sobreposição de relevos.
A superfície do planeta Terra é 24% montanhosa; 10% da população mundial vive em terreno montanhoso. A maior parte dos grandes rios nascem em montanhas.
Elas se destacam por apresentar altitudes superiores às das regiões vizinhas. As montanhas mais elevadas resultam de dobramentos, isto é, de forças internas que provocaram enormes dobras nas rochas.
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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Morre na China o único panda branco e marrom do mundo




Pequim, 24 nov (EFE).- Qin Qin, o único panda branco e marrom do mundo, morreu sem deixar filhotes num zoológico da província chinesa de Shaanxi, no norte do país, informou hoje o jornal "China Daily".


Na véspera de sua morte, ele não mostrou nenhum sintoma de doença, brincou como era seu costume e comeu frutas epasta de arroz.


Os médicos da reserva acreditam que Qin Qin, um macho de 17 anos,pode ter morrido de um edema pulmonar. Uma autópsia vai determinar a causa exata de sua morte.


Apesar de sua idade, Qin Qin nunca tinha cruzado. Os cientistas do Parque de Qinling, em Xian, começaram em fevereiro a busca de uma possível "namorada" para o raro animal, com a esperança de preservar os seus genes.


A busca não deu resultados. Então, os especialistas tinham decidido inseminar artificialmente alguma fêmea de outra reserva como esperma do panda. O projeto estava agendado para a próxima primavera, período de maior atividade sexual dos pandas.


Segundo a Administração Florestal Estatal e o grupo ambientalista WWF, cerca de 1.600 pandas gigantes, uma das espécies em maior perigo de extinção do planeta, vivem nas montanhas da província de Sichuan (sudoeste) e nos montes Qinling.


Isso mostra que aos poucos as espécies estão acabando e o homem que tanto desmatou e matou deve prevenir que uma determinada espécie chegue em seu fim.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

O Ouro Negro


O petróleo (do latim petrus, pedra e oleum, óleo), no sentido de petróleo bruto, é uma substância oleosa, inflamável, geralmente menos densa que a água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho).

Combinação complexa de hidrocarbonetos. Composta na sua maioria de hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos. Também pode conter quantidades pequenas de nitrogênio, oxigênio, compostos de enxofre e metais, principalmente níquel e vanádio. Esta categoria inclui petróleos ligeiros, médios e pesados, assim como os óleos extraídos de areias impregnadas de Alcatrão.

Materiais hidrocarbonatados que requerem grandes alterações químicas para a sua recuperação ou conversão em matérias-primas para a refinação do petróleo tais como óleos de xisto crus, óleos de xisto enriquecidos e combustíveis líquidos de hulha que não se incluem nesta definição.

O petróleo é um recurso natural abundante, porém sua pesquisa envolve elevados custos e complexidade de estudos. É também atualmente a principal fonte de energia. Serve como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se: benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Já provocou muitas guerras, e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Trafico Humano


As redes criminosas que traficam seres humanos lucram até US$ 30 mil por pessoa aliciada. No ano, o montante chega a US$ 9 bilhões.

As informações constam de um relatório divulgado nesta quarta-feira, em Brasília, pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC). O documento identificou as principais características das pessoas aliciadas, os países com maior número de vítimas e os destinos mais freqüentes.

Hoje, o tráfico de seres humanos só perde em rentabilidade para o comércio ilegal de drogas e armas, porém, o estudo afirma que a venda de seres humanos é geralmente administrada por criminosos associados aos entorpecentes, segundo o UNODC.

Das dez nações com maior número de vítimas, seis são do leste da Europa (Rússia, Ucrânia, Moldávia, Romênia, Albânia e Bielorússia), três da Ásia (China, Mianmar e Tailândia) e uma da África (Nigéria).

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Quanto vale a biodiversidade do Brasil?


O maior patrimônio natural do nosso país conserva sozinho cerca de 25% da variedade biológica do mundo. Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fizeram um levantamento e calcularam que a nossa biodiversidade vale aproximadamente R$ 4 trilhões.
Esses estudos mostraram a necessidade e a grande importância da valorização dos recursos naturais e têm como objetivo facilitar o trabalho diário de preservação ambiental e reforçar o peso econômico do patrimônio natural do país. Essa pesquisa é realizada de forma conjunta entre o Ibama, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e centros de pesquisas de algumas universidades brasileiras.

A Floresta Amazônica é muito grande e tem uma área de aproximadamente 5,2 milhões de km², o que corresponde a 61% do território nacional. Na floresta, há muitos microclimas, que definem temperaturas e umidades diferenciadas e interferem diretamente no tipo de vegetação. Dessa forma, determinadas espécies vegetais são endêmicas e, se a área em que vivem for queimada ou desmatada, isso pode representar o fim de uma delas. É o que está acontecendo em grande escala na Mata Atlântica, que é uma floresta de porte menor que a Amazônica.

A importância da floresta no processo conhecido como “seqüestro de carbono”
Para entender a absorção e liberação de carbono, é importante saber que a fotossíntese se dá de maneira inversa à respiração.
Em um esquema simplificado da fotossíntese, pode-se observar que as plantas retiram o CO2 do ar e o convertem em elementos orgânicos. Ao invertermos a fórmula descrita acima, temos o processo respiratório, que queima os produtos orgânicos produzidos na fotossíntese e libera o CO2.
Experimentos preliminares mostram que a Floresta Amazônica utiliza mais carbono no processo fotossintético do que libera por meio da respiração, sendo um sumidouro de carbono. Dessa forma, a floresta poderia estar atuando na redução do efeito estufa, que faz elevarem-se as temperaturas do planeta pelo excesso de carbono na atmosfera — ocasionado pelas queimadas, consumo de combustíveis fósseis, etc.
A manutenção da Floresta Amazônica proporciona um equilíbrio climático para todo o planeta, pois ela auxilia na absorção de carbono. Destruí-la seria destruir a própria casa e comprometer o planeta como um todo.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

O Aquecimento global


O aquecimento global é um fenómeno climático de larga extensão -- um aumento da temperatura média da superfície da Terra que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Recentemente, muitos meteorologistas e climatólogos tem afirmado publicamente que consideram provado que a ação humana realmente está influenciando na ocorrência do fenômeno. Grande parte da comunidade científica acredita que aquecimento observado se deve ao aumento da concentração de poluentes antropogênicos na atmosfera que causa um aumento do efeito estufa.
A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o espaço através de radiação de calor. Os gases responsáveis pelo efeito estufa (vapor de água, dióxido de carbono, ozônio, CFC´s) absorvem alguma da radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e radiam por sua vez alguma da energia absorvida de volta para a superfície. Como resultado, a superfície recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que a que recebe do Sol e a superfície fica cerca de 30ºC mais quente do que estaria sem a presença dos gases «de estufa».
Sem esse aquecimento, a vida, como a conhecemos, não poderia existir. O problema é que os poluentes atmosféricos aumentam esse efeito de radiação, podendo ser os responsáveis pelo aumento da temperatura média superficial global que se parece estar a verificar. O Protocolo de kyoto visa a redução da emissão de gases que promovem o aumento do efeito estufa.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Globalização: Um Reflexo do Desenvolvimento



A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural e espacial e barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX. É um fenómeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados.

A rigor, as sociedades do mundo estão em processo de globalização desde o início da História. Mas o processo histórico a que se denomina Globalização é bem mais recente, datando (dependendo da conceituação e da interpretação) do colapso do bloco socialista e o conseqüente fim da Guerra Fria (entre 1989 e 1991), do refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de 1975) ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial.


As principais características da Globalização são a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica nas comunicações e na electrónica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais regionais (não mais ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de massa supostamente "universal", entre outros.


Apenas algumas definições do que vem a ser globalização, mas existe uma pergunta que não quer calar: A globalização é uma solução ou um problema? Podemos dizer que é o resultado de um desenvolvimento descontrolado e não planejado que enrriquece os poderosos e aumenta a desigualdade social das classes menos favorecidas

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Geografia Política: Uma face da cidadania



A geografia política é um ramo de geografia (e, mais especificamente, da geografia humana) que se dedica ao estudo da interação entre a política e o território, nomeadamente no que diz respeito à administração. A geografia política moderna reflete as características políticas frente aos aspectos sócio-econômicos no âmbito local, regional, nacional e internacional. Os estudos desta área avaliam diversos fatores que determinaram uma situação já estabelecida como, por exemplo, as características demográficas frente ao desenvolvimento de um ramo da economia.



Um exemplo da utilização da geopolítica é do alemão Karl Haushofer, que tomou como verdadeiro algumas suposições e a utilizou como instrumento de propaganda, para interesses particulares, na Alemanha nazista.
A política trata da convivência entre diferentes. O termo política é derivado do grego antigo (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Bicho Homem



Para que o mais interessante dos animais possa ser estudado, não basta conhecer sua fisiologia, faz-se também necessário o estudo de seu comportamento como individuo e como membro de um grupo denominado "sociedade". Em nossa sociedade, os homens são paranoicamente ambiciosos, porque a ambição paranóica é admirada como uma virtude e os que alcançam sucesso são adorados como se fossem deuses.

Uma das ciências responsáveis pelo estudo do mesmo é a geografia, ciência que tem por objeto o espaço; não o espaço cartesiano, mas o espaço criado através das relações entre o homem e o meio, envolvendo os aspectos dialéticos e fenomenológicos.

A geografia humana é o estudo e descrição da interação entre a sociedade e o espaço. Ela ajuda o homem a entender o espaço em que vive. Pode-se compreender o objeto da geografia humana como sendo a leitura crítica das percepções e transformações humanas sobre o espaço que a compreende, no transcorrer do tempo, assim como a incidência do espaço sobre a sociedade.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Reino Animalia


O reino Animalia, Reino Animal ou Reino Metazoa é composto por seres vivos multicelulares cujas células formam tecidos biológicos, com capacidade de responder ao ambiente que os envolve ou, por outras palavras, pelos animais.

Ao contrário das plantas, os animais são heterotróficos, ou seja, buscam no meio onde vivem seu alimento, como plantas e outros animais para sobreviverem. A maioria dos animais possui um plano corporal que determina-se à medida que tornam-se maduros, e, exceto em animais que metamorfoseiam, esse plano corporal é estabelecido desde cedo em sua ontogenia quando embriões. Os gametas, na maioria dos casos, quando constituem a linhagem germinativa, são produzidos em órgãos externos, cujas células, com exceção das esponjas, não participam da reprodução.

O estudo científico dos animais é chamado zoologia. Tradicionalmente, a zoologia estudava todos os seres vivos com as características descritas acima mas, actualmente, como resultado de estudos filogenéticos, consideram-se os Protistas como um grupo separado dos animais.

Coloquialmente, o termo "animal" é frequentemente utilizado para referir-se a todos os animais diferentes dos humanos e raramente para referir-se a animais não classificados como Metazoários . A palavra "animal" deriva do Latim anima, no sentido de fôlego vital, e veio para o Português pela palavra em latim animalis. Animalia é seu plural.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Reino Plantae




O Reino Plantae é um dos principais grupos em que se divide a vida na Terra (com cerca de 300.000 espécies conhecidas, incluindo uma grande variedade: ervas, árvores, arbustos, plantas microscópicas, etc). São, em geral, organismos autotróficos cujas células incluem um ou mais organelas especializados na produção de material orgânico a partir de material inorgânico e da energia solar: os cloroplastos.
No entanto, o termo planta, ou vegetal, é muito mais difícil de definir do que se poderia pensar. Lineu definiu o seu reino Plantae incluindo todos os tipos de plantas "superiores", as algas e os fungos. Depois de se descobrir que nem todas eram verdes, passou-se a definir planta como qualquer ser vivo sem movimentos voluntários. Aristóteles dividia todos os seres vivos em plantas (sem capacidade motora ou órgãos sensitivos), e em animais - esta definição foi aceite durante muito tempo. No entanto, nem esta definição é muito correcta, uma vez que a sensitiva (Mimosa pudica, uma leguminosa), fecha os seus folíolos ao mínimo toque, entre outras causas, como o fim do dia solar.
Quando se descobriram os primeiros seres vivos unicelulares, eles foram colocados, em termos gerais, entre os protozoários quando tinham movimento próprio. As bactérias e as algas foram colocadas noutras divisões do reino Plantae – no entanto, foi difícil decidir a classificação, por exemplo, da Euglena, que é verde e altamente móvel.O Reino Plantae é um dos principais grupos em que se divide a vida na Terra (com cerca de 300.000 espécies conhecidas, incluindo uma grande variedade: ervas, árvores, arbustos, plantas microscópicas, etc). São, em geral, organismos autotróficos cujas células incluem um ou mais organelas especializados na produção de material orgânico a partir de material inorgânico e da energia solar: os cloroplastos.
No entanto, o termo planta, ou vegetal, é muito mais difícil de definir do que se poderia pensar. Lineu definiu o seu reino.Plantae incluindo todos os tipos de plantas "superiores", as algas e os fungos. Depois de se descobrir que nem todas eram verdes, passou-se a definir planta como qualquer ser vivo sem movimentos voluntários. Aristóteles dividia todos os seres vivos em plantas (sem capacidade motora ou órgãos sensitivos), e em animais - esta definição foi aceite durante muito tempo. No entanto, nem esta definição é muito correcta, uma vez que a sensitiva(Mimosa pudica, uma leguminosa), fecha os seus folíolos ao mínimo toque, entre outras causas, como o fim do dia solar.
Quando se descobriram os primeiros seres vivos unicelulares, eles foram colocados, em termos gerais, entre os protozoários quando tinham movimento próprio. As bactérias e as algas foram colocadas noutras divisões do reino Plantae – no entanto, foi difícil decidir a classificação, por exemplo, da Euglena, que é verde e altamente móvel.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Reino Protoctista


(Trypanosoma Cruzi)

O Reino Protista ou Protoctista é um dos reinos biologicos comumente reconhecidos, inclui os seres unicelulares eucariontes , como é o caso dos protozoários e das algas unicelulares e pluricelulares que não possuem tecidos verdadeiros, como é o caso das algas multicelulares. Alguns são organismos unicelulares, com 0,01 a 0,5 mm de tamanho, muito pequenos para serem vistos sem um microscópio, outros são enormes, como certas algas castanhas, com mais de 30 metros de comprimento.
Protistas são onipresentes em todos os ambientes aquáticos e terrestres, comumente sobrevivendo períodos secos na forma de vida latente; alguns são parasitas importantes.
Os protistas apresentam-se nas seguintes formas:
Formas aquáticas, anteriormente classificadas no Reino Plantae - as algas;
Organismos amebóides semelhantes aos fungos - os mixomicetes e oomicetes;
Formas unicelulares - os protozoários, geralmente divididos pela morfologia e locomoção em:
-Flagelados (Ex. Euglena);
-Amebóides (Ex. Ameba);
-Apicomplexa (parasitas);
-Ciliados (Ex. Paramécia)