quarta-feira, 4 de abril de 2007

Equipe cria sangue "universal" para transfusão



Substâncias produzidas por bactérias podem transformar tipos A, B e AB em O. Técnica pode reduzir fortemente os problemas com falta de sangue para transfusões.



Um grupo internacional de pesquisadores desenvolveu um meio de converter sangue dos tipos A, B e AB no tipo O, o chamado "doador universal". A técnica, divulgada on-line neste domingo no periódico científico "Nature Biotechnology", pode solucionar muitos dos problemas hoje existentes com a falta de certos tipos de sangue para transfusões.

O sangue é composto por glóbulos brancos e glóbulos vermelhos. Na superfície desses últimos existem certas substâncias, chamadas antígenos, que determinam o tipo sangüíneo -- se houver um certo tipo, ele é A; se houver outro tipo, é B; se tiver os dois, é AB; e se não tiver nenhum, é O.

O problema é que todo mundo que tem sangue A tem anticorpos à substância presente nos glóbulos vermelhos do sangue B, e vice-versa. Quem tem sangue O possui essa resposta imune tanto ao A como ao B. Só quem tem AB pode receber qualquer tipo de sangue numa transfusão sem se preocupar.

Mas agora, o grupo liderado por Henrik Clausen, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, promete mudar as regras do jogo: eles desenvolveram uma forma de "retirar" as substâncias que definem os glóbulos vermelhos como A, B ou AB, sem danificar as células. Na prática, eles se tornam tão inócuos quanto os glóbulos vermelhos O.

O segredo foi manipular certos genes de bactérias de modo a obter substâncias que fazem esse serviço de "limpeza". Antes, pesquisadores já haviam conseguido fazer isso com o sangue do tipo B, mas Clausen e seus colegas encontraram a solução definitiva, que tira os antígenos A, B e AB.


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